O menino Selvagem
O filme: Menino Selvagem é muito marcante para as pessoas que os assistem, pois mostra cenas onde um ser humano, uma criança, vive como se fosse um animal feroz em uma floresta. Este filme também retratou muitas vezes a realidade da não aceitação dos pais por terem filhos especiais. Foi relatado no filme, que provavelmente este menino foi deixado por seus pais por ser especial e talvez por terem vergonha ou não saberem lidar com tal situação.
A proposta do médico Francês Jean Itard, ao conhecer o menino na Instituição Nacional de surdos e mudos, era poder primeiro protegê-lo dos maus tratos que o mesmo sofria dentro da instituição, onde seus colegas o maltratavam e não o viam como um ser humano. O próprio dono da mesma achava-o inferior a um animal, um verdadeiro idiota. Não aconteceu em momento nenhum a inclusão dele nesta instituição, mesmo a mesma sendo para surdos e mudos, não foram pessoas humanas e com sentimentos de diversidade.
O médico Jean Idart tinha uma belíssima proposta para desenvolver com o menino Victor, como ele não podia comunicar-se com as pessoas, o médico começou a avaliar suas percepções, seus sentimentos e sua maneira de agir. Primeiramente sua percepção a partir de igualdade de objetos, depois utilizando de suas necessidades humanas, como beber água, tomar leite, ia fazendo com que o mesmo tentasse falar, pedindo aquilo que queria e até mesmo escrevendo.
A história de Victor com a história dos surdos é um pouco parecida, já que o mesmo é um surdo. Os surdos durante muitos anos atrás não tinham oportunidade de estudos, não conviviam de forma livre dentro da sociedade, eram considerados pessoas diferentes, não tinham objetivos e nem sonhos a realizar. Eram consideradas pessoas sem direitos à educação e ao trabalho. Podemos considerar pessoas discriminadas. Durante muito tempo foi desta maneira que as pessoas surdas viviam não participavam com as demais pessoas ditas “normas”, bem como, não tinham direitos de viverem com dignidade.
O menino Victor também viveu esta discriminação por parte de muitas pessoas, não o consideravam um ser humano com sentimentos e direitos e deveres iguais aos outros. Não houve nenhum tipo de acessibilidade por parte da instituição a qual ele foi recolhido, pelo contrário, agravaram ainda mais sua especialidade.
Mas ao final do filme o menino Victor demonstra que consegue viver como as outras pessoas e que precisa de um lar, não quer mais viver isolado na floresta, precisa da proteção e dos cuidados de pessoas adultas, como é o certo e o correto, pessoas adultas têm que protegerem as crianças.
Espero que esta situação que acontece com o menino Victor não aconteça mais nos dias de hoje, que nós educadores tenhamos confiança e coragem para aceitar nosso trabalho frente à inclusão de alunos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Olá, Cátia!
Outro aspecto primordial do filme é a sensibilidade do médico, não é mesmo? Pois este procurou encontrar habilidades que o menino possuía para aprimorá-las e, dessa forma, propiciar interação e aproximação.
Abraço, Anice.
Postar um comentário