quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A matemática na vida escolar



Relendo as interdisciplinas do eixo IV me deparei com o texto abaixo citado da interdisciplina - Representação do Mundo pela Matemática:
É comum encontrar entre as "normalistas" e pedagogos certo distanciamento, por vezes desgosto, com a matemática. Seria o caso lembrar aqui a obra de Machado (2001) sobre matemática e língua materna, sob o manto da impregnação mútua. Na escola, matemática e língua portuguesa não se articulam adequadamente, embora na prática da vida não seja possível interpor qualquer estranhamento. Para reconstruir a realidade que nos cerca, precisamos tanto do alfabeto, quanto dos números, sem falar que "mesmo as tentativas mais singelas de iniciação à matemática pressupõem um conhecimento da língua materna, ao menos em sua forma oral, o que é essencial para a compreensão do significado dos objetos envolvidos ou das instruções para a ação sobre eles" (Machado, 2001, p.1S).
Isto quer nos dizer que tanto as letras quanto os números são essenciais em nossas vidas, não sendo nem um nem outro mais importante. Muitas vezes os educadores quando estão na fase de alfabetização com seus alunos acabam evidenciando de forma mais presente as letras deixando em segundo plano os números. Sabemos nós que os números fazem parte de nossa realidade e que precisamos compreendê-los.
Transferindo esta interdisciplina de matemática no aprendizado de meu aluno disléxico, tenho a dizer que o mesmo apresenta um aprendizado tranqüilo em relação à compreensão dos números, conseguindo na maioria das vezes compreender os conteúdos relacionados com a matemática sem maiores dificuldades.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Revendo valores



Retomando a interdisciplina - Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II – B me deparei com o texto abaixo:
Segundo Piaget a criança nos primeiros anos de vida escolar, ou seja, os primeiros anos do ensino fundamental, mais precisamente dos 7 aos 10 anos de idade, a criança começa a desenvolver as noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade.Esse processo tem características peculiares que incidem no comportamento. Durante essa construção, é importante que o professor esteja atento aos acontecimentos, pois ele poderá auxiliar as crianças a refletirem sobre as diferentes situações vivenciadas na escola.
Acredito que nessa fase a criança começa a perceber o que é certo e o que é errado, até porque é o momento que a mesma começa a conviver com muitas pessoas diferentes, que não é praticamente só a sua família, onde precisa respeitar regras estabelecidas pela instituição escolar como também pela sociedade em geral. No momento que começamos a participar mais de uma sociedade, temos que ter limites a seguir para que não ofenda aos outros e que consiga a viver de forma tranquila com as pessoas que estão a nossa volta. Viver em sociedade requer respeitar os outros, onde a nossa liberdade termina quando começa a do outro. Não é porque somos seres livres que podemos fazer tudo que queremos, temos que saber até aonde podemos ir, o que podemos e o que não podemos fazer o que nos é permitido e o que não é permitido.
Relacionando este texto com a inclusão escolar, posso afirmar que incluir um aluno realmente em uma escola regular é fazer com que todas as demais pessoas que convivem com o mesmo o aceitem e principalmente o respeite. Realizei com minha turma uma aceitação por parte do meu aluno disléxico, onde os mesmos não iriam expor o mesmo a momentos desagradáveis e sim estarem o auxiliando sempre que necessário, hoje o convívio é muito bom, onde não há discriminação alguma.

“As escolas, fazendo que os homens se tornem verdadeiramente humanos, são sem dúvida as oficinas da humanidade “.
Comenius

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Inclusão Escolar





Retomando ao Eixo III, na interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Cultura- B verifiquei que o Projeto Político Pedagógico é um documento muito importante na escola, no qual o mesmo melhora muito a qualidade de ensino de nossas escolas, tendo em vista a organização da prática de trabalho, relacionando com a realidade total de nossos alunos.
O Projeto Político Pedagógico baseia-se em dois momentos, a escola atual e a escola do futuro, pois devemos levar em consideração a realidade atual de nossa escola, mas também prevê como será esta escola no futuro.
Todos os segmentos fazem parte da implantação do Projeto Político Pedagógico.
No Projeto Político Pedagógica consta todo o desenvolvimento escolar, tanto a parte cognitiva, quanto a parte pedagógica. Verificamos currículo, avaliações, tudo o que diz respeito ao aprendizado de nossos alunos.
Analisando sobre a inclusão escolar, referindo-me sobre o transtorno de aprendizagem, dislexia, acredito que quando o PPP é construído a partir da realidade de nossos alunos, bem como de nossa comunidade escolar, o mesmo tende a satisfazer as necessidades de nosso dia a dia. O mesmo não pode ser um documento estanque, precisa ser analisado por todos os segmentos para que de maneira construtiva possamos colocar no mesmo todos nossos objetivos como dificuldades.
O PPP deve contemplar os alunos inclusos de maneira a incluí-los realmente nas escolares regulares. Só há inclusão se o aluno realmente estiver feliz.
Segundo o autor Charlot, Bernard (Os jovens e o saber: Perspectivas Mundiais. Porto Alegre: Artmed, 2001) “Aprender é apropriar-se do que foi aprendido, é tornar algo seu, é interiorizá-lo”.
Isto quer nos dizer que a inclusão escolar só acontece se realmente o sujeito pode se apossar dos conhecimentos, do aprender.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Letramento e Alfabetização



Retomando a interdisciplina Fundamentos da Alfabetização do Eixo II, sobre letramento e alfabetização, penso que o letramento acontece desde o momento em que a criança nasce, pois em seu dia-a-dia convive, visualiza letras e números, sendo uma bagagem essencial para que a criança consiga com tranquilidade se alfabetizar.
Geralmente os alunos apresentam algumas dificuldades, tanto na escrita como na leitura, durante as séries iniciais do ensino fundamental, para que os mesmos sanem essas dificuldades de alfabetização procuro realizar jogos pedagógicos, atividades diferenciadas, onde os mesmos se sintam incentivados e que desperte a curiosidade para o aprendizado.
Só aprendemos quando temos interesse e curiosidade por determinado assunto. A alfabetização é um processo mágico e marcante na vida de todo ser humano.
Essas dificuldades dependem muito do convívio familiar, sendo que o aluno já vem com uma bagagem significativa de casa, muitas vezes isto influencia muito em seu aprendizado, por exemplo, uma família que possui um vocabulário bem rico, provavelmente o filho também o terá, muitas vezes facilitando o mesmo em sua escrita e leitura.
As maiores dificuldades que encontro com meus alunos, atuais de 5º ano é a falta de interesse pela leitura e interpretação, grafia das palavras incorretas, pois muitas vezes escrevem conforme falam. Quanto às produções textuais nem sempre apresentam um raciocínio lógico.
Outro ponto que desfavorece o aprendizado dos alunos é a não participação dos pais na vida escolar de seus filhos, sentimos que os mesmos não se sentem motivados, pois seus pais não têm o mínimo de interesse por aquilo que produzem já os pais que estão presentes na vida escolar de seus filhos, os mesmos só têm a crescerem.
Levando em consideração a alfabetização de meu aluno com dislexia, o mesmo apresenta-se alfabético, mas devido ao transtorno de dislexia sua grafia é muito ruim, muitas vezes sendo difícil a compreensão da mesma como também muitas dificuldades de ortografia. Mesmo sabendo ler e escrever não consegue interpretar sozinho o que lhe é oferecido, sendo sempre necessário o auxílio de alguém para que o mesmo compreenda e interprete qualquer assunto ou conteúdo.
Segundo as descobertas de Jean Piaget e de Emília Ferreiro levam à conclusão de que as crianças têm um papel ativo no aprendizado. Elas constroem o próprio conhecimento – daí a palavra construtivismo. A principal implicação dessa conclusão para a prática escolar é transferir o foco da escola – e da alfabetização em particular – do conteúdo ensinado para o sujeito que aprende, ou seja, o aluno. “Até então, os educadores só se preocupavam com a aprendizagem quando a criança parecia não aprender”, diz Telma Weisz( Nova Escola- Edição Especial- outubro de 2008)“Emilia Ferreiro inverteu essa ótica com resultados surpreendentes.”
Acredito que atualmente o aprendizado parte da construção do próprio aluno, onde nós professores somos os mediadores desta construção.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Currículo Escolar



Revendo a interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo – B do Eixo I e relacionando ao tema do TCC - Dislexia, pude compreender que o currículo refere-se aos critérios de seleção do que devemos ensinar e aos modos de ensinar.
Acompanhando um aluno com dislexia durante este ano, constatei que o mesmo não possui um currículo diferenciado, sendo que o mesmo realiza todas as atividades iguais aos demais. Devido a sua condição, é atendido por mais profissionais dentro do ambiente escolar. O mesmo tem atendimento com professor especializado na Sala Multifuncional e Laboratório de Aprendizagem. Também dispõe de uma monitora que o auxilia em alguns momentos dentro da sala aula.
Relembrei que o currículo é toda a caminhada que temos durante nossa vida escolar, por isso este aluno, não possui um currículo diferenciado em termos cognitivo, mas o olhar para com o mesmo com certeza é diferenciado, de forma a contribuindo para o seu bem estar e progresso dentro do ambiente escolar.
Segundo Charlot,Bernard (2001 pag.20)“Aprender é apropriar-se do que foi aprendido, é tornar algo seu, é interiorizá-lo”. Isto quer nos dizer que o aprender está relacionado com o desejo, sendo apresentado em diversas classes sociais, não sendo a construção do saber marcada pela origem social, mas a escola deve proporcionar o instrumento e aplicar uma metodologia coerente, a fim de atingir o processo de aprendizagem de forma positiva, sem falhas e marcas negativas